sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Enquanto aguardam meu barco...

                     ABANDONAR o barco...

Navegando pelo RECANTO, hoje, encontrei uma certa tristeza no ar. Nos ventos suaves lamentos. Agucei o olhar. Não vi sinais de tempestades. Estranho e inexplicável silenciar de velas, remos e motores. No mar, calmaria. Deixei que as letras me guiassem. Encontrei barcos vazios. Senti arrepios e inquietações. Abduções coletivas? Pactos? Pestes? Barcos fantasmas? Que foi feito dos tesouros? Que foi feito das motivações para a viagem? Que foi feito com os investimentos? Passo pelos barcos à deriva, que balançam, em suas bandeiras, mensagens. Estranho! Terão sido Sequestrados? Tiveram tempo para deixar despedidas. Abandonaram os barcos. Analogias, metáforas, pensamentos e letras. Navego sem entender. Deixo pra trás barcos sem vidas, cemintérios de almas.








Imagem - Google
Juli Lima

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