sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Leiam, é importante.

      Este texto foi extraído do site MADEIRA LEGAL, eu o publico por acha-lo muito importante nos dias de hoje, onde a preocupação com o meio ambiente é fundamental para a manutenção do planeta.
http://www.madeiralegal.com.br/Home/0100frame.html




Na hora de optar por um produto feito a partir de madeira, algumas pessoas têm receio em estar prejudicando o meio ambiente. Afinal, sempre que se fala em corte de árvores, automaticamente, cria-se a relação com a exploração inadequada de florestas nativas. Só que isso nem sempre é verdade. Parte do preconceito existente em relação a madeira também é fruto da falta de informação.

Na tentativa de poupar árvores do corte, buscam-se alternativas que, na realidade, são prejudiciais ao meio-ambiente. Optar por alumínio, plástico ou outros derivados do petróleo, em muitos casos é um grande engano. Afinal, estes produtos não são renováveis e nem biodegradáveis.

Por que essa polêmica em torno da madeira?

Afinal, se existe tanta desinformação a respeito do uso de madeira, de quem é a culpa?

O assunto é complexo e envolve muitos interesses e variáveis.

Sem dúvida, parte da culpa cabe a exploração predatória por madeireiros inescrupulosos.

Mas, para o bem da verdade, é importante sabermos que a maior parte das áreas desmatadas no Brasil é feita com a finalidade de abrir novas fronteiras para a agricultura e pecuária. Muitas vezes isso é feito na base do fogo, sem o aproveitamento da madeira. Nesse caso, cabe a sociedade definir que uso deve ser dado ao solo, sem esquecer das necessidades de madeira, alimentos e preservação ambiental. Lembrando também que uma população em constante crescimento e desenvolvimento consume cada vez mais recursos.

Outra parte da responsabilidade é do governo, com a falta de planejamento e políticas adequadas para o setor florestal e na fiscalização ineficiente.
Os consumidores também têm a sua parcela de responsabilidade, na medida em que não estão dispostos a pagar por madeira obtida de forma adequada.

Usar ou não usar ?

A verdadeira questão em torno do uso da madeira não é se devemos usá-la, mas sim, como usá-la.

Através do manejo de florestas nativas e do cultivo, conseguimos usufruir dos recursos florestais minimizando o impacto ambiental.

Por que usar

A madeira é um recurso com características notáveis e que apresenta uma série de vantagens, principalmente quando comparamos com as alternativas. Vejamos algumas dessas qualidades.

Recurso renovável

A madeira é um recurso natural renovável que pode ser cultivada como qualquer outra cultura. No caso das florestas nativas, podem ser manejadas de forma a obter uma constante renovação.

Diferente de outras culturas, o ciclo da madeira é relativamente maior. A soja, por exemplo, entre a época do plantio e da colheita bastam alguns meses. Quando falamos de madeira estamos falando de décadas. Para o uso racional, esse ciclo natural deve ser respeitado.

Biodegradável

A madeira é biodegradável. Decompõe-se naturalmente, ajudando a fertilizar o solo e sem deixar resíduos indesejáveis. Muito diferente do plástico que, por exemplo, leva séculos para decompor-se.

Reciclável e reutilizável

Mesmo depois de usada, a madeira ainda pode ser reaproveitada e utilizada para outras finalidades. Chegando até o ponto de uso total, como na utilização para a geração de energia.

Gasta menos energia na produção

Um produto de madeira gasta bem menos energia durante a sua fabricação do que o mesmo produto, em alumínio, aço ou concreto. O resultado é menos dióxido de carbono no ar.

Absorve CO2

Toda árvore absorve CO2, mas uma árvore nova absorve mais e de forma mais eficiente. Por outro lado, toda árvore também libera o CO2 que acumulou durante a vida, quando morre. Por isso em uma floresta madura, a quantidade produzida de CO2 (pelo apodrecimento das árvores mortas) tende a ser igual a quantidade absorvida de Oxigênio (pelas árvores jovens em crescimento). É uma conta que normalmente termina em zero. Assim, quando retiramos da floresta uma árvore adulta, sem esperar que apodreça, adiamos o processo de liberação do CO2 para quando a madeira for descartada. Um processo que pode não acontecer nunca. Enquanto existir um objeto de madeira ele é um verdadeiro depósito de CO2.

É isolante

A madeira é um ótimo isolante e quando usada na construção civil pode contribuir para um menor gasto de energia nas casas (tanto para aquecimento como para resfriamento).

Gera empregos

A indústria madeireira é responsável por muitos empregos no Brasil. Toda a cadeia produtiva do setor de base florestal emprega aproximadamente 6,5 milhões de pessoas, correspondendo à cerca de 9% da população economicamente ativa (PEA) do país.

Só a cadeia produtiva do setor de madeira sólida é responsável por cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho. Desse total, aproximadamente 215 mil são mantidos diretamente na atividade, o que representa 4,3% do total de empregos gerados na indústria de transformação.

Gera superávit na balança comercial

No caso do Brasil, o setor florestal é responsável por um grande volume de exportações, trazendo divisas que o país tanto necessita.

No ano de 2002, o Brasil exportou aproximadamente US$ 60 bilhões. Desse total, o setor de base florestal participou com aproximadamente 7% e o de madeira sólida com cerca de 4%.


Entretanto, é importante ressaltar que as importações realizadas pelo setor de madeira sólida são consideradas insignificantes. Dessa forma as exportações se caracterizam como líquidas, ou seja, o valor total exportado é capaz de proporcionar uma geração líquida de divisas para o país. Esse aspecto destaca-se quando comparado a outros segmentos da economia, considerados grandes exportadores. Muitas vezes, esses setores necessitam de um volume grande de importações para suportar a produção, gerando assim, um baixo saldo comercial (divisas líquidas).


A contribuição específica do setor de madeira sólida corresponde aproximadamente a 16% do superávit brasileiro. Se somados os setores da madeira e papel, o da indústria de base florestal passa a ser o terceiro maior contribuinte para formação do superávit brasileiro, com uma participação de cerca de 27%.







Enquanto aguardam meu barco...

                     ABANDONAR o barco...

Navegando pelo RECANTO, hoje, encontrei uma certa tristeza no ar. Nos ventos suaves lamentos. Agucei o olhar. Não vi sinais de tempestades. Estranho e inexplicável silenciar de velas, remos e motores. No mar, calmaria. Deixei que as letras me guiassem. Encontrei barcos vazios. Senti arrepios e inquietações. Abduções coletivas? Pactos? Pestes? Barcos fantasmas? Que foi feito dos tesouros? Que foi feito das motivações para a viagem? Que foi feito com os investimentos? Passo pelos barcos à deriva, que balançam, em suas bandeiras, mensagens. Estranho! Terão sido Sequestrados? Tiveram tempo para deixar despedidas. Abandonaram os barcos. Analogias, metáforas, pensamentos e letras. Navego sem entender. Deixo pra trás barcos sem vidas, cemintérios de almas.








Imagem - Google
Juli Lima

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Técnicas de construção

 Strip Plank

Um belo método de construção sem nenhuma dúvida. É muito difundido na Austrália. Com ele, podemos construir um barco de casco redondo, ou carenado, onde temos ripas de cedro, ou outra madeira leve, coladas no sentido proa-popa, revestidos interna e externamente por uma camada de fibra de vidro.
Para aqueles que gostam de trabalhar com madeira, este método é o mais indicado. A velocidade de construção é grande e a qualidade final excelente.


stitch and glue 


2- O Método "Costure e Cole" ( do inglês "stitch-and-glue")
O barco é construído a partir dos painéis de forro das laterais e do fundo unidos uns aos outros com fita de fibra de vidro e resina epóxi. Onde na construção convencional vai um sarrafo de madeira na quina, no sistema "Costure e Cole", é colocada a fita de fibra de vidro com resina. Para que a fita possa ser aplicada, os painéis do forro são mantidos unidos através de arames ou fio de nylon em vários furos igualmente espaçados na borda das chapas, daí a expressão "Costure". A colocação de anteparas garante a resistência da estrutura assim montada, formando uma estrutura solidária, monobloco. A vantagem é que o trabalho necessário à construção é bem menor do que no sistema convencional pois não há necessidade de berço ou estrado para dar sustentação ao cavername que não existe propriamente naquele sentido. O número de ferramentas empregado é mínimo, bastando em linhas gerais, utilizar uma serra circular, lixadeira de cinta, furadeira portátil, plaina, esquadro e trena, além do necessário para a aplicação da fibra e da resina epóxi que inclui equipamento de segurança adequado, como respirador com filtro apropriado e luvas de proteção . 






Lapstrake
     Essa técnica consiste basicamente em sobrepor tábuas  sobre um molde até a formação do casco.



      Para a construção de pequenas embarcações aconselho a técnica do stitch and glue, por ser ela mais fácil de assimilar para quem está começando e não tem muita noção de marcenaria.

Compensado naval

     Muitos materiais distintos , podem ser usados na construção de pequenas embarcações. No entanto quando falamos de construção artesanal, o melhor material para esse fim é o compensado naval, devido a sua versatilidade. Alem de ser forte e rígido, tem menos chances de empenar que uma tábua solida, alem disso está disponível em uma grande faixa de espessura. Nos compensados de aplicação naval, é essencial que sejam utilizadas lâminas de primeira qualidade e que o adesivo para laminação destas seja a prova d'agua. O adesivo usado em geral para a colagem das laminas que formarão o compensado naval é a cola fenólica. Basicamente usa-se o compensado naval por ser ele a prova de descolamento pela ação da água.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

São Paulo boat show

    Começa nessa quinta 14 de outubro na capital paulista, o São Paulo Boat Show, e vai ate o dia 19 de outubro de 2010. Essa é a maior feira da américa latina. O bom momento do mercado brasileiro de barcos é explicado por uma combinação de fatores. A crise econômica mundial diminuiu a demanda pelo produto nos países desenvolvidos. Pior: vários pedidos foram cancelados por gente que perdeu tudo com o derretimento de algumas instituições. Com a falta de compradores, os estaleiros passaram a dar mais atenção os países que saíram rapidamente da crise, em especial os emergentes, como o Brasil. Combine o cenário negativo lá fora com a valorização do real frente ao dólar, que facilitou a produção local (grande parte dos insumos são trazidos de fora do País) e a importação de barcos novos. E acrescente o crescimento da economia brasileira, que aumentou o número de compradores em potencial. “O mercado brasileiro cresce no ritmo brasileiro”, disse Ernani Paciornik, idealizador e presidente da São Paulo Boat Show. De 2006 para cá, o mercado de barcos cresceu 20%.

Resinas

      Existe basicamente trez tipos de sistemas de resinas para laminação náutica., são as resinas poliéster, estervinílicas e epoxy. Estes trez tipos de resinas, são conhecida como termo fixas, pois depois de catalisadas e curadas, elas se tornam insolúveis, ao contrário das termo plásticas que podem ser recicladas. 

Resina poliéster: São as mais comuns para laminação geral. Existe uma grande quantidade de tipos disponíveis que apresentam as mais variadas combinações de propriedades, cada uma desenvolvida para uma aplicação específica.
vantagens : custo baixo, disponibilidade imediata, facilidade de utilização em temperatura ambiente com propriedades mecânicas aceitáveis

desvantagens : a baixa elongação antes da quebra, alta contração, baixo poder de colagem e baixa resistência a agua.

Resina epoxy : São uma classe de resinas termo fixas com uma grande variedade de aplicações, o que dá extrema versatilidade de utilizações em diferentes técnicas e processos. A resina epoxy pode ser utilizada como resina de laminação, como selantes, adesivo, tintas, vernizes e muitas outras aplicações.

Vantagens : pode ser usada para colar o barco assim como para a laminação com fibra de vidro.

Desvantagem : custo muito alto.

Resina estervinílica :  A resina estervinílica é similar a resina poliéster, associando a facilidade de aplicação e cura das resinas poliéster e as excelentes propriedades de resistência da resina epoxy. Laminados fabricados com resina estervinílica apresentam uma menor absorção de água e menor hidrólise, que nada mais é do que a quebra da cadeia molecular pela ação da agua, quando comparada com as resinas convencionais de laminação.

      Acima um apanhado geral das trez principais resinas usadas na laminação, sendo que para construção de pequenas embarcações aconselho o uso da resina epoxy, por um motivos básicos: com a mesma resina cola-se o barco e também lamina-se o casco. Dúvidas ou informações mais específicas entrar em contato atravéz do meu E-mail, ou na área de comentario deste post.  jesse.teixeira@ig.com.br









quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fibra de Vidro

   

O QUE É FIBRA DE VIDRO?
Fibra de vidro (ou fiberglass) é um material produzido basicamente a partir da aglomeração de finíssimos filamentos flexíveis de vidro. A fibra de vidro precisa ser usada em conjunto com uma resina e produz uma superficie bastante resistente.

Tipos de fibra de vidro


 Roving - São fios de fibra de vidro, que são usados com pistolas de spray-up, para trabalhos de grandes dimensões.
 Manta - São encontradas em rolos de varias larguras, e são usadas em geral para reparo estrutural








Tecido - usado na laminação estrutural
trama plana
     Para construção de pequenas embarcações usa-se normalmente a manta ou o tecido de fibra de vidro, e sua função e apenas estrutural, dando reforço em toda a estrutura do barco, quando a laminação for feita na parte interna e externa do casco, e quando for usada apenas nas junções onde o barco foi colado.
    Existe no mercado fibras de vidro com muitas tramas diferentes como as unidirecionais, as bidirecionais, as multiaxiais etc... .A mais comum  encontrada no mercado é a trama plana.
    Para o construtor de pequenos barcos será usada apenas o tecido para laminação do casco inteiro ou apenas nas junções. Há muito o que se falar sobre fibra de vidro, e quem estiver interessado em conhecer mais profundamente esse material, aconselho a consultar o livro do eng. Jorge Nasseh, e buscar na web mais artigos sobre fibra, para nos, pequenos construtores basta conhecer tecido e manta de fibra de vidro. Para tirar alguma dúvida ou conseguir informação adicional, basta escrever para o meu E-mail ou usar a área de comentários.  jesse.teixeira@ig.com.br
   
  

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Laminação com fibra de vidro ou fiberglass

    Para quem deseja construir seu próprio barco, principalmente para quem vai trabalhar com resina e fibra de vidro pela primeira vez, aconselho antes dar uma estudada a respeito da laminação com fibra de vidro e resina, conhecido também como fiberglass. No excelente livro do engenheiro Jorge Nasseh, se pode aprender muito sobre resina e fibra de vidro, e ainda existe no mercado vasta literatura a respeito desse assunto. Na Web encontra-se muitos artigos e vídeos que aconselho serem lidos e vistos, antes de se arriscarem.Alem do já citado livro do Jorge Nasseh, deixo aqui uma indicação de um livro muito bom sobre laminação, que pode ser adquirido no link: http://www.livrostecnicos.com/

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Projetos de barcos

tender 11"
     Para aqueles que estão interessados em adquirir um projeto de barco para construção artesanal, eis aqui um link de um excelente site para isso.http://www.arqnav.com.br/

domingo, 10 de outubro de 2010

Gênesis, o início

      Para começar este blog, minha primeira postagem será para fazer propaganda do excelente livro do engenheiro Jorge Nasseh, sobre a construção de barcos. Depois de muito pesquisar, só encontrei este livro em português sobre este assunto. Este livro pode ser adquirido no site da barracudatec. http://www.barracudatec.com.br/barracuda2009/index.htm